sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Ed Carlos Alves de Santana
Mestrando em Artes Visuais pelo PPGAV-EBA-UFBA-2010

O que faz um bom desenhista é a prática intensa e perseverante, aliada à auto-critica. Só isto dará suporte aos iniciantes nesta arte a “apreender a ver”, só assim ele será capaz de representar ou expressar dados reais ou emocionais da realidade que o circunda. É preciso ter em mente alguns requisitos básicos a construção de um bom desenho. Como ter o prévio conhecimento de recursos técnicos como: luz, sombra, profundidade, volume, perspectiva, proporção, noções de composição, limpeza e adequação do tema a realidade bidimensional.
É importante saber aferir e anotar itens que constituem a natureza da obra.Num primeiro passo é requerido do aluno um croqui, desenho em linhas gerais, despretensioso que serve como marcação dos objetos no plano do papel, só a partir daí inicia-se a definição de cada elemento, delimitando-se sombras próprias e projetadas, deformações perspectívicas e acabamento.Num primeiro momento, requer-se do aluno uma observação e identificação do que ele terá pela frente.Tipo de enquadramento – vertical ou horizontal incidência de luzes e sombras, relação da parte com o todo. Identificar a forma geométrica básica subjacente dos elementos, a exemplos de cubos, cilindros, triângulos, esferas, retângulos, quadrados, cones, retas, verticais, paralelas, sinuosas, captar a perspectiva. É aconselhável observar, desenho dos grandes mestres a método de aprender as resoluções tomadas por eles a determinados casos. O aluno deverá ter em mente que há determinados materiais para fins específicos.
Lápis grafite graduados B, 2B, 3B, 4B, 5B, 6B, 7B, 8B, 9B. E que quanto maior o número maior maciez e pretos intensos se conseguem, para esboçar usa-se preferencialmente o lápis B ou 2B.Lápis mais duros H, 2H, 3H, 4H, 5H, 6H, 7H, 8He F.
Lápis de cera, lápis carvão, SÉPIA, pastel seco e oleoso, sanguínea (avermelhado), caneta esferográfica, nanquim, hidrocor, marcadores.A cada final de aula serão sugeridos artistas referenciais neste campo, como por exemplo:
No lápis grafite – Boris valejo
Lápis de cor – David Hockney
No pastel seco e oleoso – Edgar Degas /No carvão – Pasquale Dechirico
No nanquim (Velcy Soutier da Rosa e Parramón).

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Genny, o artista de Fazenda Quizambu

Em Fazenda Quizambu encontra-se um grande artista plástico, em sua pacata casa rodeada por plantas de verdor admirável onde se ouve o canto de aves, o artista visual de que falo é Genny, que produz sua obra com variadas técnicas. Seu fazer abarca desde entalhes em madeira, chaveiros, pintura em telhas, pedras, telas,murais em paredes. Ele se distrai fazendo pulseiras e chaveiros entalhados com o nome do cliente, trabalho este de grande originalidade.
Genny é um artista autodidata, daqueles que ama sua profissão. O conheço desde quando eu era criança, sempre o via a pintar, a esculpir, a desenhar, de forma que acabei por me apaixonar por tal profissão graças a sua influência, a de fazer coisas belas ditadas pelo sentimento, sentidas pelo olhar, nascidas da alma e de uma necessidade de ser feliz. Há pouco tempo vi um trabalho seu realizado sobre uma pedra seixo, destas que encontramos na beira dos rios, representava as ruínas de Alagoinhas Velha-Ba. Como pode ser que uma pedra tão pequena em suas dimensões traga tamanha grandeza de sentimento? que sensibilidade intimista, um trabalho comovente, sincero e muito feliz em sua fatura.
Genny é além de tudo meu primeiro mestre nas artes, lembro-me de certo dia em 1999 quando eu desenhava e não conseguia um resultado satisfatório, ele se aproximou e me disse, “nunca rasgue um desenho seu, pois aprendemos muito com os erros”. Aquele conselho mudou minha vida artística para melhor, só a partir daí evoluí de verdade em minha arte.
Hoje homenageio meu caro colega e amigo com estas poucas palavras, meu parabéns, meu amigo pintor.
Ed Carlos Alves de Santana
Mestrando em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da Ufba-2010