Alcides Lisboa - Regente e
Pianista. Iniciou seus estudos clássicos com a profª. Lourdes Szabó, mais tarde
graduou-se em piano pela Universidade Católica de Salvador. Neste período
estudou também composição na UFBA, com Lindembergue Cardoso e Agnaldo Ribeiro.
Em 85 e 86 ganhou bolsa de estudos, pela Fundação José Carvalho, para Kennesaw
State University, Georgia – EUA. Lá estudou piano com David Watkins, composição
com Steven Everett e JAZZ com Jerry King. Nos Estados Unidos tocou Villa-Lobos
em Washington (Conservatório Levine) e Atlanta (Skyland Hall) concluindo o
extenso roteiro artístico do programa.
Em 1993 foi aprovado para bolsa
de estudos no Conservatório da Universidade Johannes Gutemberg em Mainz na
Alemanha, onde cursou regência com o maestro Joshard Daus, piano com a pianista
Poldi Mildner e Metodologia de Meninos Cantores com o prof. Mathias Breitschaft
permanecendo até o ano de 1994, quando também se apresentou em Colônia, Mainz,
Munique, Bremen e Stuttgart. Alcides Lisboa se apresentou na Argentina como
regente no Festival Cantapueblo 2008, foi organista da capela de Vengen na
Suíça, na Missa solene de Natal de 1993, e ministrou Master Class “O Piano
Popular do Brasil”, na Universidade Lund na Suécia em março de 1999. No
FESTIVAL BACH de 1999, em Stuttgart – Alemanha, foi um dos regentes
selecionados, dentre candidatos de diversos países, para a regência de quatro
cantatas de Johann Sebastian Bach, sob a orientação de Helmuth Rilling - famoso
especialista na obra do Mestre de Leipzig.
Em dezembro de 1999 foi
condecorado pela marinha do Brasil pelos serviços culturais e artísticos
prestados à sociedade baiana e à marinha brasileira. Atualmente Alcides Lisboa
exerce intensa atividade como maestro, pianista e arranjador.
O silêncio é a ausência de discurso
sonoro ou é aquilo que não foi dito?
Poucas pessoas já tiveram a
oportunidade de “ouvir” o silêncio absoluto. O silêncio que comumente
conseguimos à noite ou em salas fechadas é, na realidade, repleto de ruídos e
sonoridades sub-harmônicas.
Já tive a oportunidade de sentir
a pungência do silêncio absoluto no fundo de uma mina de cobre, a 550m abaixo
do nível do mar. Chega a ser assustador! Os ouvidos zumbem à procura de um
referencial qualquer, sem encontrar nada que o ampare. A sensação de vazio é total.
Deve ser assim também no espaço exterior.
Agora, voltando ao nosso velho,
incompleto e comum silêncio cotidiano, vamos falar do seu papel no contexto
musical.
É incrível a importância que ele
exerce na música, do lado de lá e de cá da platéia. O que, a priori, parece ser
a negação da música é na verdade um de seus grandes recursos.
Aquele instante em que o maestro
ergue a mão, pedindo atenção e preparando a sonoridade inicial, deixa qualquer
um de respiração presa! Naquele momento o silêncio pesa tanto quanto um
fortíssimo orquestral.
Da mesma forma, no término da
obra quando o maestro, em um gesto espiralado, corta a sonoridade e mantém a
mão no ar alguns instantes. É um momento de pura musicalidade, onde o silencio
emoldura e valoriza a música!
Compositores de todos os estilos
e gêneros usaram, muitas vezes de forma genial, o silêncio. Uma pausa geral,
por exemplo, no meio de uma obra para grande coro e orquestra tem um efeito de
expectativa e interrogação estarrecedor.
Beethoven, Mozart, Debussy e Villa-Lobos,
dentre muitos grandes compositores, fizeram o uso inteligente da pausa. Também
na música de Jazz se faz um uso brilhante do silêncio (Miles Davis esperava até
o último instante para intervir, da maneira genial que a história registrou,
deixando a audiência de fôlego suspenso).
O silêncio também pode ter
musicalmente um caráter meditativo e reflexivo. No final de um movimento o
compositor, através do maestro, nos oferece instantes de silêncio para
assimilação e reflexão do abstrato e subjetivo discurso musical.
É como se a obra musical dissesse
naquele instante de silêncio: “Eis os afetos e emoções que eu precisava dizer
neste capítulo, reflita um pouco para podermos prosseguir!”
Talvez, quem sabe, alguém divida
comigo o conceito de que o silêncio não é o nada se manifestando, mas sim
aquilo que não foi dito pelo cosmos!
Muita música para todos!
Alcides Lisboa
Alinne Rosa, do Cheiro de Amor,
trocou o axé pela música clássica na noite dequarta-feira (19/10/11). A cantora
se apresentou ao lado do Maestro Alcides Lisboa e da Orquestra Sinfônica da
Bahia durante um concerto no Teatro Castro Alves, em Salvador. Participaram
também da noite especial o guitarrista Armandinho e o coral do colégio
Anchieta.
Reflexão
... “De uma classe especial de
música dá gosto ver a eficácia social que desenvolve: a coral. Esses rapazes e
moças que depois do horário no banco, na escola, na oficina, se reúnem para
honrar o nobre emprego da voz acima das funções primárias de comunicação, me
deixam confiante no ser humano. Dão ao tempo disponível um uso que exclui o
mero lazer individual. Abrem mão da vaidade do sucesso pessoal em proveito de
um resultado coletivo que despersonaliza o esforço de cada um. O próprio
vestuário com que se apresentam em público tem o sentido de anulação de
particularidade. Na orquestra sinfônica, o traje comum dos executantes tem a
diferenciá-los a variedade dos instrumentos que manejam. Mesmo nos naipes dos
violinos, por exemplo, a diferenciação não desaparece de todo, em seus setores.
No coral, todos os componentes são um só, e se a determinado elemento se confia
à tarefa de solar, essa é uma aparição limitada, que se destaca e logo se
absorve na massa indistinta. O coral é modesto por excelência”...
Carlos Drummond de Andrade
Da crônica “DE MÚSICA E DE PRÊMIOS”
www.balcaodomusico.com.br/profile/AlcidesLisboa
A Academia de Cultura
da Bahia realizou nesta sexta-feira, dia 17 de dezembro de 2010, a solenidade
de posse do Maestro Alcides Lisboa. A cerimônia foi realizada na Capela do
Colégio Dois de Julho - Garcia.
O Maestro Alcides Lisboa é paulista,
radicado na Bahia desde 1975 e formado pela Universidade Católica do Salvador,
especializou-se na Geórgia University e Johannes Gutenberg Universutät. Já
regeu concertos no Brasil, Argentina, Estados Unidos, Suécia, Alemanha e Suíça.
Atualmente Alcides Lisboa exerce intensa atividade como maestro, pianista e
arranjador dos Corais dos Colégios Anchieta e São Paulo.
Alcides é um excelente maestro e um ótimo pianista, fui um dos alunos dele e adorei aprender com ele aproveitei cada minuto com a turma de pequenos cantores foi uma ótima experiência muito top.
ResponderExcluirO trabalho dele é muito bom, maravilhoso!!!
Os estudos dele valeu apena!! Rsrsrsrs.