Em seu trabalho, Márcia Oliveira Almeida (Alagoinhas/ BA), que também assina suas obras com o nome artístico “Moa”, valoriza os fazeres das mulheres das tribos dos tupinambás, considerados primeiros habitantes da cidade de Alagoinhas. A artista revela a beleza das tradições dos tupinambás e o resgate do universo feminino das índias, por intermédio de recriações de extrema sensibilidade nas cerâmicas que produz. Kusiwa em tupi quer dizer “o caminho dos riscos”. No trabalho, ele é representado pelas linhas de algodão. Estas se ligam aos pontos de cerâmica. A partir daí, constrói-se uma estrutura de si mesmo, o self da mulher imaginária tupinambá. Ela fica presa em um círculo, ou seja, a um espaço colonizador que não permite a visibilidade dos seus fazeres.
A cerâmica artesanal deveria ser um dos encantos de Alagoinhas, pela sua diversidade e plasticidade; no entanto, e invisível este fazer. Há cinquenta anos, existiam no município cerca de trinta olarias, oficinas que produziam moringas, potes e louças que abasteciam as comunidades vizinhas. Famílias inteiras se dedicavam a esta rica atividade, a da cerâmica no torno, diferenciando-se das outras regiões por ser moldada a mão no estilo indígena, embora os designs das suas louças sejam no estilo tupinambá.
A cerâmica artesanal deveria ser um dos encantos de Alagoinhas, pela sua diversidade e plasticidade; no entanto, e invisível este fazer. Há cinquenta anos, existiam no município cerca de trinta olarias, oficinas que produziam moringas, potes e louças que abasteciam as comunidades vizinhas. Famílias inteiras se dedicavam a esta rica atividade, a da cerâmica no torno, diferenciando-se das outras regiões por ser moldada a mão no estilo indígena, embora os designs das suas louças sejam no estilo tupinambá.
A artista Márcia Almeida vem
desenvolvendo há oito anos com o seu olhar feminino, pesquisas na comunidade
sobre o fazer local. A argila foi o primeiro elemento da sua paixão devido a
sua alta resistência, beleza e plasticidade, material utilizado para a
confecção de uma criativa linha de colares com contas de cerâmica feita à mão.
Após concluir os cursos de
Licenciatura de Estudos Sociais na UNEB - Alagoinhas, e o de fotografia na Casa
da Fotografia em Salvador, optou pela arte como meio de sentir a vida e, ao
participar da I Mostra de Arte Popular no Shopping da Cidade, percebeu que o
cognitivo da cultura tupinambá é ainda
ativo na sua gente, e passou a utilizar as tramas indígenas no seu
trabalho, escolhendo a cerâmica como o elemento de suporte à sua criação. Bastante atuante,
participou pela primeira vez, em 2001, na Galeria Café
da Casa 8, em Salvador, de uma exposição
coletiva.
Nos anos seguintes, participou de
mais seis exposições além dos salões de artes em várias cidades da Bahia. Em
2007, expõe novamente no Centro de Cultura de Alagoinhas, em 2008 é homenageada
no Salão Regional de Artes Visuais de Alagoinhas, pelo conjunto de obras e
pelas pesquisas realizadas. Em 2011 expõe no Salão Regional de Artes Visuais de
Valença.
Hoje, a cidade conta com uma artista que tem
distribuído pelo mundo a sua terra vermelha com beleza e criatividade, e revela
uma esperança cultural local: a de ver o resgate da cerâmica artesanal sendo produzidas
em forma de objetos utilitários, panelas, moringas, pratos, travessas e etc.
para enriquecer a identidade cultural e gerar oportunidade de inclusão social.
Fonte: Revista ACIA Divulga - setembro de 2010
Texto: Midian Bispo
Salve Querida Márcia que com a sua sensibilidade feminina está nos acolhendo na sua cidade!
ResponderExcluirEu tenho colares feitos por Márcia Almeida e admiro muito o seu trabalho. Parabéns, amiga! Alagoinhas, a Bahia, o Brasil e o Mundo precisam conhecer a sua ARTE.
ResponderExcluirMárcia, parabéns pelas suas realizações. Na Uneb Alagoinhas onde tive o prazer de ser seu professor voce já revelava sua inteligência e seu potencial. Gostaria de me comunicar com Marcia mas Não tenho canais para isso.E-mail, telefone, Facebook, etc Se alguém tiver por favor compartilhe comigo pelo e-mail judsonlages@hotmail.com. Grato
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